É natural pensar que a Libertadores deva ser a prioridade para qualquer time que a dispute. No entanto, há alguns pontos a se considerar em relação a isso.
Ambição da torcida não se faz apenas em receita. Quem está envolvido com a realidade que se vive no Rio Grande do Sul, com a forte rivalidade entre Grêmio e Inter, entenderá isso com maior facilidade. Quando tratamos de uma associação gigantesca como é o Grêmio, que reúne e mexe com a paixão das pessoas, é preciso pensar primeiro na vontade dos torcedores.
A estreia do Grêmio será na altitude La Paz, contra o The Strongest, em um jogo que será realizado entre as finais do Campeonato Gaúcho. Ou seja, se Grêmio e Inter passarem pela dupla Ca-Ju, dois Gre-Nais definirão a competição nos dias 30 de março e 6 de abril. Entre esses jogos, uma dura logística para o Tricolor nas alturas da Bolívia.
Afinal, então, o que pensa o torcedor gremista com relação as suas prioridades na semana que envolve uma possível final do Estadual contra seu maior rival e também a estreia na maior competição da América? Essa é uma difícil escolha que está no colo dos dirigentes e da comissão técnica.
Eu, particularmente, priorizaria o Campeonato Gaúcho. Esse pode ser o hepta do Grêmio, feito que ocorreria apenas pela terceira vez na história e não acontece desde a década de 1960. Além, claro, que tiraria o título do embalado Inter, caso esse venha, de fato, a disputar a final.
Contra o The Strongest, por ser o primeiro jogo desta edição e em uma altitude que castiga muito os jogadores, devemos ir com o time reserva. Até Renato pode ficar em Porto Alegre treinando o time titular na busca pelo sétimo título gaúcho.
Enfim, essa é minha vontade. O torcedor pode, e não é nenhum absurdo, querer priorizar o Campeonato Estadual ao invés de uma estreia na Libertadores.