O Grêmio se despede do Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira (6) com grande chance de garantir vaga na fase de grupos da Copa Libertadores 2024. Estar entre os quatro primeiros do Brasileirão é uma grande campanha, mas os torcedores do clube discutem bastante sobre o que o Grêmio poderia ter produzido neste ano.
É evidente que o clube, voltando da segunda divisão, geraria desconfiança junto ao seu torcedor. A chegada de Suárez, por óbvio, trouxe otimismo, e os resultados vieram neste embalo. O título do Campeonato Gaúcho, seguido de uma boa campanha na Copa do Brasil, colocaram o Grêmio em um espaço de destaque também no Brasileirão. A campanha segura do time de Renato, com altos e baixos, mas sempre na parte de cima da tabela, criou a ideia clara de que o Grêmio poderia estar no topo. Mas não está, e aí surge a discussão.
Faltou muito pouco para o Grêmio vencer este Campeonato Brasileiro. O time de Suárez e companhia acabou sofrendo sérios problemas defensivos e, na simples análise da tabela, perdeu pontos que poderiam fazer toda a diferença. O ponto principal para o Grêmio não alcançar o topo foram os muitos gols sofridos pela equipe e, para muitos, esse é um problema mais coletivo do que técnico ou individual.
Renato Portaluppi antecipou as dificuldades quando, em coletiva, disse que o Grêmio não iria conseguir nenhum título nacional com aquele grupo, mas muitos consideram que, com aqueles jogadores, o time poderia se defender melhor. E, por óbvio, essa seria uma responsabilidade do próprio treinador.
O que fica na soma dos fatos, mesmo respeitando muito a discussão, é um sentimento de conquista. Pontualmente, pode-se criticar o trabalho do treinador em uma ou outra escolha, mas o resultado é satisfatório, e isso passa muito pela forma de condução de Renato.
O Grêmio historicamente sempre deu poderes importantes aos seus treinadores. Foguinho, Felipão e Renato são homens vitoriosos e este foi mais um ano deste tipo de condução. Renato, no comando do Grêmio, venceu mais uma vez, e todos nós precisamos aplaudir. Não se trata de gostar ou não. Trata-se de justiça.