Em meio às discussões sobre investimentos do Grêmio nas últimas temporadas, uma reunião do Conselho Deliberativo do clube irá votar uma suplementação orçamentária e também divulgar os números das finanças tricolores no último trimestre.
E aí vem a grande ironia. O Grêmio está muito próximo dos R$ 200 milhões de custo com o futebol nesta temporada. Foram gastos cerca de R$ 195 milhões até o momento para manter o futebol do Tricolor nos primeiros nove meses de 2023. Um número importante e necessário, o que mostra a competência da diretoria. O Tricolor não atrasou um centavo sequer neste ano com os atletas, pagou altas premiações e deu toda a estrutura possível para trabalhar. Para se ter uma ideia, o clube pagou altos valores para fretar aviões e permitir conforto aos seus jogadores durante todo o Campeonato Brasileirão.
Quem critica a diretoria do Grêmio, não pode em momento algum, dizer que o Tricolor não investiu. Suárez, por exemplo, está entre os maiores salários do país e é tido, com muita justiça, como a maior contratação da história do clube e uma das maiores do país em todos os tempos. Os R$ 200 milhões (deve ultrapassar os R$ 250mi ao final da temporada) são um sinal claro de esforço de todos no clube e condizente com a campanha segura do Grêmio neste Brasileirão. O Tricolor está entre os clubes que mais investiram nesta temporada.
A ideia de transformar o clube em secundário no âmbito nacional se desfaz no primeiro contato com os números apresentados pelo Grêmio. Um clube que, é verdade, enfrenta problemas de caixa, mas que, em nenhum momento, deixou de ser ambicioso e criativo. A justificativa dos problemas pontuais (e pequenos) no campo de jogo neste ano passa longe de qualquer dificuldade financeira do Tricolor. Os investimentos no início da temporada, seguidas de Suárez e das contratações da janela do meio do ano, deixam claro que o clube fez tudo para ter o melhor resultado, e os tão encantados R$ 200 milhões são a prova disso.
