Renato Portaluppi é idolatrado pelo torcedor do Grêmio. A sua história como jogador e treinador do clube falam por si. A sua relação com o senso crítico do torcedor gremista, no entanto, não recebe unanimidade. A dependência do Grêmio em relação ao técnico incomoda, tanto nos bastidores, como nas conversas entre a torcedores.
Defensores e críticos estão se afastando cada vez mais, e o Grêmio está no centro da discussão. A complexa reflexão sobre o futuro do clube está aberta. Muitos querem a permanência de Renato e outros tantos não podem imaginar a continuidade deste trabalho.
O fato é que essa divisão discute o futuro do Grêmio. O trabalho de Renato, questionado ou não, luta por uma vaga na Libertadores 2024, mesmo que tenha perdido força nos últimos jogos. E esse é apenas um dos argumentos dessa eterna conversa.
Ser racional talvez seja o ponto principal na construção de algo que agregue ao Grêmio. O Tricolor não pode se entregar a sentimentos sanguíneos e a narrativas do famoso “nós contra eles”, que, convenhamos, não estão trazendo nada de objetivo ao ambiente do clube.
Renato convive como treinador do Grêmio desde 2010, e até o ano de 23, esteve trabalhando no clube em 11 temporadas, o que amplifica a discussão. Pontos positivos e negativos, na relação de pequenos exemplos, são encontrados com facilidade, o que, também, permitem qualquer tipo de condução para este debate.
Uma pergunta, no entanto, precisa ser debatida sem leituras ou exemplos passados. O Grêmio, no período Renato, direta ou indiretamente, viveu o céu e o inferno, e a luta das narrativas tenta tirar e colocar o técnico no centro do sucesso, mas, também, no fracasso. A pergunta é simples: nos últimos anos, vendo a evolução dos outros clubes do futebol brasileiro, o Grêmio cresceu na mesma proporção? Como o Grêmio se enquadraria na disputa com outros trabalhos?
No final de tudo, essa é discussão. O Grêmio é melhor ou pior do que era? O clube precisa responder essa questão com urgência. O tempo passa muito rápido.