A quinta-feira foi de ansiedade no Grêmio. O encontro entre o presidente Alberto Guerra e o técnico Renato Portaluppi se transformou no grande fato do dia. A repercussão negativa causada pela ausência do treinador na coletiva de imprensa após o clássico Gre-Nal precisava ser encerrada pelo clube. E assim aconteceu. Com consequências, mas aconteceu.
Um ato simbólico marcou, para o grande público, a união entre os dois. Renato e Guerra se reuniram no CT Luiz Carvalho, e desceram em direção ao campo lado a lado. A ação mostrou uma unidade em torno de um objetivo comum. O presidente Guerra, quando deixou o treino, disse aos jornalistas:
— Tudo certo! Tudo certo! 0 a 0 e bola ao centro, encerrou o dirigente.
Para se contextualizar, é preciso dizer que Alberto Guerra e Renato se conhecem há bastante tempo. Em 2010, como vice-presidente de futebol, Guerra foi o primeiro dirigente a trazer Renato para treinar o Grêmio. De lá para cá, foram muitos episódios e experiências entre os dois, o que sempre facilita a distensão do ambiente nestes momentos mais tensos.
Como consequência, no entanto, a ação de Guerra entregou a Renato a responsabilidade para a obtenção do objetivo do Grêmio na temporada. A busca pela vaga direta na Libertadores 2024 foi o pensamento fundamental de toda a decisão do clube. Todos sabem que, sem Renato, seria muito mais difícil buscar a tao sonhada classificação. Ceder não é se submeter e a gestão optou pela conciliação.
Agora, somente o campo pode falar. Se o Grêmio vencer, a opção dos dirigentes terá sido perfeita. Se perder, o Grêmio, com toda a certeza, irá discutir, de forma muito diferente, a próxima temporada.