O Grêmio está estudando formas de buscar novas receitas e todas as possibilidades para evoluir também no campo financeiro. A discussão sobre a Libra, a antecipação de receitas e os números relacionados à venda de jogadores tomam conta da discussão sobre o futuro do clube.
Uma análise mais detalhada sobre as receitas nos últimos anos expõe uma realidade que escancara, cada vez mais, a necessidade de se investir nas categorias de base. A venda de jogadores jovens nos últimos 10 anos supera valores de praticamente todas as SAFs que estão chegando ao país. Cruzeiro, Botafogo, Bahia, Coritiba, América e outros movimentam números menores dos que os levantados pelo Grêmio nestas últimas temporadas. Fica claro que o Grêmio já tem a sua “SAF” e precisa trabalhar forte neste investimento.
Sobre a Libra e a proposta para vender, de forma antecipada, parte dos direitos de imagem por um período de 50 anos, o Grêmio segue estudando. Eventos com grupos de estudos, protagonizados por movimentos políticos, estão tomando conta do ambiente tricolor para tentar diminuir as dúvidas sobre o tema, mas algo importante já conseguimos saber. A única possibilidade de antecipar receita é vendendo 20% dos direitos de imagem por um período de 50 anos, o que, convenhamos, é um absurdo. Imaginem o valor de R$ 100 milhões que se ventila nos bastidores como antecipação bloquear 20% da receita de imagem do clube nas próximas cinco décadas?
Por tudo, o Grêmio precisa entender o seu negócio e investir ainda mais nas suas categorias de base, criando um processo mais claro de utilização dos seus principais ativos. Os números são definitivos. Direito de imagem é um só e não nasce através de trabalho. Jogadores jovens, se bem trabalhados, valem muito mais e definem o futuro e o tamanho do clube.