No futebol, muitas vezes, entendemos o presente conhecendo bem o passado. Na noite de segunda-feira, tive a oportunidade de entrevistar o ex-vice-presidente de futebol do Grêmio, Paulo Caleffi, e muitos assuntos tiveram mais esclarecimentos.
Situações bem batidas como a contratação de Suárez ou caso Adriel estavam na pauta, mas foi um assunto de bastidor que mais chamou a atenção. A dificuldade de relacionamento da diretoria de futebol com o presidente Aberto Guerra e o seu Conselho de Administração foi trazida à tona pela primeira vez.
Quando perguntado sobre o que lhe incomodou no período a frente do departamento, Caleffi disse que a falta de respaldo foi o que mais o impactou. Segundo ele, foram oito meses sem diálogo direto com o presidente, algo impensado para quem vive fora dos bastidores.
O ex-vice de futebol entrou em conflito com parte da imprensa, em momentos de polêmica. Garantiu que essas ações tinham a anuência do presidente, que o demitiu, segundo o ex-dirigente, utilizando inclusive a sua dificuldade com os jornalistas como um dos fatores.
Caleffi salientou com força a unidade em torno de Renato e a sua forma de liderança, rechaçando a ideia de intransigência do treinador no trato das relações. O único alerta de do ex-dirigente é que o Grêmio mantenha um ambiente sadio e de união dentro do vestiário, seja com os funcionários ou com o treinador.
Segundo ele, Renato precisa ter esse respaldo e os homens do futebol servem para isso.