A noite de quarta-feira (13) reservou apenas dois compromissos do Campeonato Brasileiro. Curiosamente, os dois times que decidem a Copa do Brasil, Flamengo e São Paulo. O time carioca enfrentou o Athletico-PR em Cariacica e os paulistas estiveram em Porto Alegre para pegar o Inter no Beira-Rio.
Por mais longe que os finalistas estivessem, a noite teve muitas coisas em comum entre eles. A falta de competitividade e comprometimento estiveram presentes em ambos os times. As derrotas podem ser consideradas justas e merecidas para os times de Dorival Junior e Jorge Sampaoli. Times com a cabeça em outro mundo perdem, invariavelmente.
O que se viu na quarta, tristemente, é um retrato do atual estágio do futebol brasileiro. As coincidências das duas derrotas, por óbvio, não tiram o mérito de Inter e Furacão, mas expõem as claras previsões para os jogos. O que todos disseram ocorreu. Flamengo e São Paulo estariam com a cabeça em outro lugar e, de fato, foi o que se viu.
O futebol brasileiro deixa claro, a cada momento, que precisa ser modificado. Os seus altos salários beneficiam apenas uma das partes da mesa. Os profissionais do futebol precisam entender o sentido da sua categoria. Serem chamados de profissionais os obriga a se entregar da mesma maneira em todos os seus compromissos.
Antes de me criticar, espere. Domingo, no Maracanã, vocês verão duas equipes completamente diferentes das que compareceram para jogar quarta e isso precisa ser dito. O futebol brasileiro não pode ser tão óbvio assim.
Por essas e outras é que o esporte mais popular do país escolheu uma linha descendente e ainda não encontrou o chão.