Com o lançamento marcado para quarta-feira, no Palácio Piratini, a 38ª Expointer entra na contagem regressiva oficial até o início da feira. Para resolver todas as pendências e deixar o parque Assis Brasil, em Esteio, em ordem a tempo da feira, será preciso correr contra o relógio. Serão pouco mais de 20 dias até a abertura dos portões. Na lista de assuntos do momento, pelo menos três importantes temas: a participação das raças, o Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI) do parque e o impacto da situação econômica no desempenho da feira. Confira:
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Redução nas inscrições: números divulgados nesta segunda-feira pela Secretaria da Agricultura mostram que 4.758 animais foram inscritos para a exposição. A quantidade é 3,53% menor do que em 2014. Custos em alta e crise são razões apontadas para a retração, como já publicado pela coluna. No cenário econômico do momento, o recuo é considerado tímido.
- Dentro da atual realidade, o número surpreende. Mostra o quanto a Expointer é importante - avalia Eduardo Finco, presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Raça (Febrac).
Há bastante variações entre raças, de quedas expressivas a altas. Reduções nos bovinos da raça angus (9,74%) e nos cavalos crioulos (31,15%), duas das mais representativas, poderão se refletir nos negócios. Na contramão do recuo, estão os ovinos, que tiveram aumento de 13,12% nas inscrições. Entre as novidades, zebuínos da raça sindi e cavalos puro-sangue inglês.
Contratação emergencial para PPCI: a RS Prevenção de Incêndios, de Viamão, foi habilitada no processo de contratação emergencial para a elaboração do PPCI do parque Assis Brasil. O valor a ser pago pelo governo ficou em R$ 442,7 mil. Ainda nesta segunda a empresa apresentou a documentação. Agora, é preciso seguir o trâmite burocrático do processo.
A previsão da Secretaria da Agricultura é de que em dois dias o contrato possa estar finalizado.
O trabalho a ser executado pela empresa está dividido em quatro fases, com a primeira devendo ser concluída até 21 de agosto. O plano é fundamental para a liberação da área do parque, de 143 hectares, pelo Corpo de Bombeiros.
Impacto da crise: o momento é delicado tanto economicamente quanto politicamente. Sempre o motor das vendas na exposição, o setor de máquinas e implementos acumula recuo de 25,1% no país nos primeiros seis meses. Nem a definição do novo Plano Safra fez os negócios acelerarem. Conforme o Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), a feira é a grande aposta de recuperação do segundo semestre. Realista, o presidente da entidade, Claudio Bier, sabe, no entanto, que será difícil chegar ao resultado de 2014:
- Não devemos repetir, mas a feira tem esse apelo, sempre foi instrumento de venda forte.