Nem sempre esses termos aparecem apenas durante o período da COP. É comum ouvirmos falar em expressões como “Acordo de Paris” ou siglas como “ESG” durante o ano todo.
Veja a seguir um glossário para não ficar de fora das conversas sobre sustentabilidade e proteção ao ambiente.
Acordo de Paris
Assinado em 2015 por 196 países, durante a COP na capital francesa, é considerado o maior acordo climático da história. Tem como objetivo combater as alterações climáticas, estabelecendo metas para a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa. Sua principal meta é manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C até o final do século 21.
No vídeo, veja o que esperar do encontro no Azerbaijão
Agenda 21
Assinado por 179 países, é um documento redigido a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Seu texto orientou as nações a se comprometerem com o estudo de soluções para os problemas ambientais.
Biocombustíveis
São combustíveis produzidos a partir de matéria-prima orgânica e renovável (biomassa), que pode ser de origem animal ou vegetal. São uma alternativa aos combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás natural e o carvão mineral. Podem ser usados em motores a combustão interna. Os biocombustíveis têm várias vantagens, como neutralizar a pegada de carbono, reduzir a emissão de gases do efeito estufa e o fato de serem uma fonte de energia renovável.
COP
A sigla significa Conference of the Parties (Conferência das Partes). Este é o órgão mais importante da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, adotada em 1992, durante a Rio-92. Em geral, cada um dos países-membros é uma “parte” – a União Europeia é uma exceção, pois sozinha é uma “parte”. Elas se reúnem uma vez por ano para avaliar a situação ambiental do planeta, como a elevação da temperatura da Terra
Desenvolvimento sustentável
O termo significa um equilíbrio entre economia e respeito ao ambiente, sem o esgotamento dos recursos do planeta. Ou seja, um desenvolvimento econômico que supra as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações.
Economia circular
Considera a continuidade dos processos de produção em ciclos, tornando importante o que antes era considerado resíduo (lixo), reaproveitando como matéria-prima para o início do novo ciclo a partir de sua reutilização. A economia tradicional não considera a reciclagem em seu ciclo.
ESG
A sigla ESG vem das iniciais de Environment (Ambiente), Social (Social) e Governance (Governança). Significa um conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança que permitem dimensionar a ação de uma organização em diferentes esferas.
GEE ou GHG
Sigla de Gases de Efeito Estufa (GEE) ou, em inglês, Greenhouse Gases (GHG). São, como o nome diz, substâncias gasosas presentes na atmosfera e que absorvem parte da radiação infravermelha emitida pelo Sol e refletida pela superfície terrestre, dificultando o escape desta radiação (calor) para o espaço. Com o aumento da sua concentração na atmosfera, ocorre o efeito estufa, que impede a perda de calor e mantém o planeta aquecido, colaborando para o aquecimento global. São exemplos dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e famílias de gases, como hidrofluorcarbono (HFC).
Greenwashing
Em tradução livre, significa “lavagem verde” ou “maquiagem verde”. Consiste na promoção de discursos e campanhas de publicidade com características ambientalmente responsáveis, mas que, na prática, não se confirmam. O greenwashing cria a falsa aparência de sustentabilidade para efeitos de marketing, por exemplo.
Grupo de Koronívia
Em 2017, foi adotado o Koronivia Joint Work on Agriculture (KJWA) na COP23, em Bonn (Alemanha), um processo para discutir questões relacionadas à agricultura. Foi reconhecido o potencial da agricultura no combate às mudanças climáticas. A partir disso, foi criado o Grupo de Trabalho de Koronívia, a fim de equacionar a questão da segurança alimentar à adaptação e resiliência das cadeias produtivas, garantindo a produção de alimentos com sustentabilidade.
IPCC
É a sigla de The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), ou em português, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas. Foi criado em 1988 no âmbito das Nações Unidas. Tem como sede Genebra, na Suíça, no prédio da Organização Meteorológica Mundial.
O objetivo principal é sintetizar e divulgar o conhecimento mais avançado sobre as mudanças climáticas.
NDC
É a sigla de Nationally Determined Contribution (Contribuição Nacionalmente Determinada). Trata-se de um plano de ação de cada país que assinou o Acordo de Paris para reduzir as emissões de gases poluentes. Cada nação tem uma NDC, considerando suas especificidades. Os países devem apresentar novas NDCs a cada cinco anos, com metas mais ambiciosas e rigorosas.
Protocolo de Kyoto
Assim como o Acordo de Paris, foi um tratado internacional firmado em 1997, na cidade de Kyoto (Japão), com o objetivo de estabelecer a redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
O protocolo estabeleceu metas, principalmente por parte dos países industrializados. Os Estados Unidos, o maior emissor mundial de gases de efeito estufa, não ratificaram o protocolo.
ODS
É a sigla de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de um conjunto de ações criadas pela ONU para acabar com a pobreza, proteger o ambiente e garantir a prosperidade. Eles definem o direcionamento e os planos de ação que devem ser adotados pelos países membros para alcançar o desenvolvimento sustentável no mundo.
Sistema B
O Sistema B é uma comunidade global de empresas que buscam a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta. O grande objetivo é ajudar empresas a fazerem parte de um movimento de mudança positiva.