
Em geral, o El Niño é um fenômeno mais associado ao Hemisfério Sul. Esse evento climático é uma mudança nos ventos ao longo da Linha do Equador, que divide o planeta ao meio. Porém, ele afeta as águas do oceano, provocando efeitos também para além desse marco geográfico. Ou seja, o El Niño gera impactos também no Hemisfério Norte. As informações são da revista Super Interessante.
Normalmente, os ventos sopram no sentido de Leste-Oeste, empurrando água quente da superfície do Pacífico para a Ásia, o que esfria as praias do Peru e do Equador. Durante o El Niño, a água quente fica para os latinos. Já o sul dos Estados Unidos registra mais chuva, a Amazônia seca, a Sibéria esfria mais que o normal e a Austrália fica mais quente.
No Rio Grande do Sul ele torna o clima mais chuvoso e eleva as temperaturas.
Já o La Niña oferece efeito contrário. Ou seja, ocorre quando esses ventos ficam mais fortes, e as águas, no Hemisfério Sul, mais frias.
Sendo assim, a associação entre El Niño e o Sul é cultural. Na verdade, o fenômeno modifica o clima em todo o planeta. Faz sentido pensar em fenômenos meteorológicos simétricos: capazes de afetar a Terra em outras latitudes, mais altas que o Equador, geralmente em versões espelhadas nos hemisférios Norte e Sul.