Ela é filha de José Lutzenberger (1926-2002), o gaúcho que fez da Porto Alegre do século passado um centro de grandes discussões sobre meio ambiente. Absorveu o conhecimento do pai, mas não seguiu o mesmo caminho de combatividade. Lara Lutzenberger é mais reservada. Formada em Biologia pela UFRGS, discorre sobre qualquer questão ambiental, inclusive as mais delicadas, como a bandeira do consumo sustentável em um mundo em que a fome e a pobreza sequer foram superados. Tem um olhar crítico para a sociedade, que vê cada vez mais distante da simplicidade da natureza, refém da necessidade de ostentação. Mas preferiu dedicar-se à família a liderar protestos. Foi sentada em um banco do Parque Marinha do Brasil, perto de onde mora com marido e dois filhos, que deu a seguinte entrevista a GZH. É ali que admira árvores e pássaros enquanto cria um menino e uma menina na cidade. Também vai para a sede da Fundação Gaia, sítio fundado pelo pai em Pantano Grande, onde recebe pessoas que buscam se desconectar das pressões sociais para alcançar momentos de paz.
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"A gente vive um momento muito crítico da história da humanidade", alerta a bióloga Lara Lutzenberger
Presidente da Fundação Gaia, que preserva o legado de seu pai, o ambientalista José Lutzenberger, ela fala sobre ativismo hoje e o futuro que nos espera diante da atual crise ambiental