Em 24 horas, mais uma nuvem de gafanhotos surgiu no território argentino. Agora, são cinco nuvens ativas e um agrupamento – já desmembrado. O mais novo enxame, vindo do Paraguai, foi localizado na província de Salta, perto da Tríplice Fronteira, e se encontra a, aproximadamente, 940 quilômetros de Itaqui, na Fronteira Oeste.
O grupo apartado e mais próximo do Rio Grande do Sul, na localidade de Entre Ríos, segue a 98 quilômetros da Barra do Quaraí. Os agentes do país vizinho ainda não conseguem mensurar quantos animais estão no país, por isso, seguem monitorando e controlando os insetos com agrotóxicos.
As duas nuvens que estavam em Chaco, nesta segunda-feira (3), ingressaram na província de Santiago del Estero. Os técnicos do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar (Senasa) acreditam que os dois agrupamentos possam estar entre 540 e 570 quilômetros de Itaqui.
O enxame que estava em Formosa se aproximou da cidade de Taco Pozo, na Província del Chaco, e está a cerca de 760 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. A nuvem que estava em Salta permanece na mesma localidade, mas sem mapeamento específico. Os fiscais do país vizinho acreditam que os insetos deste agrupamento permaneçam a 860 quilômetros do Estado.
Juliano Ritter, fiscal agropecuário estadual, afirma que apesar do número de nuvens de gafanhotos crescer a cada dia, o risco de inserção dos enxames no Rio Grande do Sul é baixo.
— O risco não é iminente, porque as nuvens estão distantes do território gaúcho e o vento está no sentido nordeste. Quer dizer, ele empurra os insetos da direita para a esquerda e para baixo, mas ele corre paralelo ao Brasil e ao Rio Grande do Sul, não em nossa direção. A expectativa é de que eles percorram, em média 100 quilômetros por dia, até quinta-feira (6). Devem ficar parados entre sexta-feira (7) e sábado (8) em razão do frio e voltam a se movimentar no domingo (9) — explica.