Agentes argentinos seguem pulverizando agrotóxicos nos gafanhotos que se encontram em galhos e copas de árvores do município de Federación, em Entre Ríos, a aproximadamente 98 quilômetros da Barra do Quaraí, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul.
Apesar do menor risco de que cheguem ao Estado, Juliano Ritter, fiscal agropecuário estadual, olha com cautela a situação:
— Eles estão relativamente perto do Estado. E há previsão de calor para este sábado (1º) na Argentina. Caso eles consigam se reagrupar e vierem em direção ao Rio Grande do Sul teremos que entrar em ação, porque podem causar danos aos agricultores, apesar de as consequências serem em menor grau.
Em relação aos outros dois enxames que estão no norte da Argentina, a situação também não se alterou nas últimas 24 horas. Conforme informações do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar da Argentina (Senasa), a nuvem que está em Las Lomitas, na província de Formosa, segue entre 570 e 610 quilômetros de Itaqui, na Fronteira Oeste. E o segundo enxame estaria em Ingeniero Juárez, na mesma província argentina, a 800 quilômetros de distância com a fronteira gaúcha.
As características dessas nuvens, como o tamanho e a quantidade de gafanhotos, não puderem ser aferidos porque a área onde os insetos estão é de mata fechada, explica Ritter.
— Essas duas nuvens devem começar a se movimentar a partir de amanhã e elas podem voar, em condições favoráveis, até 100 quilômetros por dia. Por isso, vamos monitorar de perto.