No início de uma semana decisiva para a validação do Acordo de Paris — um tratado mundial que tem o objetivo de reduzir o aquecimento global —, o diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Guimarães, tenta se mostrar mais realista do que otimista ou pessimista. Isso enquanto não só o comprometimento global em relação ao combate às mudanças climáticas está em jogo, em meio à 24ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP24), que está sendo realizada em Katowice, na Polônia. Mas também enquanto o Brasil, em decisão tomada pelo governo de Michel Temer e corroborada pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, recentemente anunciou não ter intenção de sediar a próxima conferência, a maior do mundo sobre o tema.
Mudanças climáticas
"Desistir da COP25 não agrega nada ao nosso país", diz diretor do Ipam Amazônia
Para André Guimarães, Brasil cometeu um erro estratégico ao abrir mão de sediar, em 2019, a maior conferência global sobre o clima. Ele falou ainda sobre o novo governo e a nomeação de Ricardo Salles para o ministério do Meio Ambiente