A Justiça aceitou, nesta terça-feira (12), a denúncia do Ministério Público contra o taxista apontado pelos promotores como fornecedor de exames toxicológicos falsos para outros motoristas de Porto Alegre. Ele foi denunciado no dia 30 de setembro, acusado de fornecer os laudos. Seu nome não foi divulgado pelas autoridades.
Em julho, 99 taxistas foram denunciados por fraudes nos exames apresentados à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Todos estão afastados das atividades.
Conforme a EPTC, o esquema foi descoberto pela inconsistência de informações junto aos laboratórios credenciados para realização dos testes. A partir do cruzamento dos dados, a empresa descobriu que uma parcela dos motoristas que apresentou laudo negativo nem sequer havia realizado os exames. Outros haviam obtido resultado positivo para uso de drogas, porém, ao comunicar a EPTC, apresentaram documentos falsos.
Conforme a apuração, os documentos falsificados eram vendidos por R$ 300. Condutores sem processos em andamento ou condenação podem ter o benefício de suspensão desse processo pelo uso de documento falsificado. Porém, eles devem apresentar um novo laudo toxicológico, com resultado negativo. A EPTC aguarda o fim das investigações para se manifestar.