O diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Urbano Schmitt, confirmou nesta segunda-feira (17) a intenção do governo de Eduardo Leite de tirar da empresa a operação dos 900 quilômetros de rodovias que administra no Estado. Segundo ele, a ideia é repassar esses trechos à iniciativa privada, em blocos, mas o processo não será de imediato.
— Na prática, o governador foi claro em dizer que a proposta dele é que a EGR não faça mais a operação. (...) Se começou isso em 2017, é um processo longo. São 14 praças, várias delas são suscetíveis à concessão e várias têm dificuldades — explicou, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
O futuro definitivo da empresa, contudo, ainda é incerto. De acordo com o diretor-presidente, entre as possibilidades está transformar a EGR em uma agência de regulação ou em órgão auxiliar.
Até a batida do martelo, o foco do governo será destinar os recursos para a manutenção das rodovias, em especial do asfalto, principal reclamação dos motoristas. Segundo Schmitt, a lógica será destinar os recursos dos pedágios exclusivamente para as pistas, o que não vinha acontecendo.
— Nós estávamos fazendo muito outros tipos de obras, recursos que saem do pedágio e vão para outros lado, como o viaduto de Santa Cruz (...) A proposta seria um grande investimento na questão da manutenção da rodovias, não só em obras auxiliares.