Há um ano os veículos do Grupo RBS, na Serra, concluíam a série de reportagens do projeto Serra Imobilizada. De lá para cá, as principais rodovias da Serra passaram por melhorias pontuais, que facilitaram a vida do motorista. As mudanças estruturais da logística da Serra, no entanto, ainda são pendências sem previsão de sair do papel.
Entre os grandes projetos, o do aeroporto de Vila Oliva foi o que teve o maior avanço. Em janeiro, o município recebeu a outorga do terminal, o que permite que os trâmites licitatórios sejam realizados pela prefeitura. Em setembro, a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) entregou o projeto básico e os estudos de viabilidade técnica ao município. Os próximos passos são a elaboração do projeto executivo, a cargo do governo federal, o licenciamento ambiental, que será realizado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), e a desapropriação, que deve ser paga pelo governo do Estado. Caso tudo ocorra dentro do previsto, a licitação para a obra pode ser lançada em 2018.
Nas rodovias, a RS-122 foi confirmada pelo secretário dos Transportes, Pedro Westphalen, como uma das estradas que será oferecida para a iniciativa privada dentro do programa de concessões. Esse é o requisito para a sonhada duplicação entre Farroupilha e São Vendelino. Apesar disso, um dos principais gargalos, da rodovia, o chamado Trevo da Tramontina, no entroncamento com a RS-453, em Farroupilha, recebeu sinaleiras e ruas laterais pra disciplinar melhor o trânsito. Já o trecho entre Antônio Prado e Vacaria teve a restauração concluída por meio Crema Serra.
Enquanto isso, a RS-453 segue sem grandes investimentos entre Farroupilha e Bento Gonçalves. Em direção ao Litoral, a restauração da rodovia entre Lageado Grande e Tainhas ainda não saiu do papel, embora a empresa já tenha sido contratada. A explicação é que o projeto e o financiamento do Banco Mundial estão em fase de atualização. As rodovias estaduais da Serra, aliás, seguem com problemas de mato alto. Nesta segunda completam sete meses e 10 dias do fim do contrato de conserva, utilizado para roçada e tapa-buracos.
Na BR-470, a recuperação da rodovia pelo Crema/Serra tem mais de 40% das obras executadas, depois de muita demora para começar. O chamado Trevo da Telasul, ponto problemático da estrada, passa por obras de reformulação com conclusão prevista para fevereiro. Obras maiores, como duplicação, dependem da conclusão do estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA), que deveria ficar pronto no fim do ano, mas será concluído no ano que vem.
Gaúcha
SERRA IMOBILIZADA: Estradas e aeroporto de Vila Oliva tiveram pequenos avanços em 2016
Série de reportagens que discutiu logística da Serra foi concluída há um ano
GZH faz parte do The Trust Project