Ministro descarta rotatória em trevo da RS-453 com BR-470, em Garibaldi

O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, descartou a construção de uma rotatória no entroncamento da BR-470 com a RS-453, o chamado trevo da Telasul, em Garibaldi. A decisão ocorreu em reunião com líderes políticos e empresariais da Serra, que estiveram em Brasília na semana passada para cobrar soluções para a infraestrutura da região.

O encontro debateu principalmente investimentos na BR-470, federalizada em março. De acordo com o presidente da Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Serra Gaúcha (CICS Serra), Edson Morello, um dos pontos discutidos foi uma possível concessão de trechos da rodovia. A proposta foi vista com bons olhos pelo ministro, segundo Morello, mas não houve garantia de que a instalação de pedágios vá ocorrer.

A principal discussão, porém, foi sobre o trevo da Telasul. De acordo com Morello, Rodrigues descartou a criação de uma rotatória para solucionar o problema de fluxo no ponto. O projeto havia sido apresentado pelo CICS Serra como medida paliativa para o ponto, mas, no ano passado, o projeto de construção de dois viadutos foi apresentado pelo governo do Estado. Para o ministro, o trecho só vai passar por obras se for para retirar a solução definitiva do papel.

"Três anos atrás, quando apresentamos o projeto como uma maneira emergencial de solucionar o problema, era uma solução caseira, com o Daer e todas as deficiências. Mas hoje, com a possibilidade, por meio da federalização, em que possa haver uma concessão da rodovia, não se pode pensar em outra solução que não seja um viaduto para acabar de vez com esse risco enorme de vida, que é o principal", defende Morello.

Conforme Morello, o ministro ficou com cópias do projeto e sinalizou que o custo de R$ 35 milhões para a obra, não seria tão alto. Apesar disso, o dinheiro não está garantido, inclusive pelo momento de cortes de gastos do governo federal.

Enquanto isso, prefeitos da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), cobram a permanência dos 24 policiais rodoviários federais que atendem a rodovia. A Operação Vinhedos, que implantou o policiamento na rodovia depois da federalização, está prevista para terminar em 31 de dezembro.

Dessa forma, o posto de Veranópolis pode ser fechado e o número de policiais reduzido para 10. Na semana passada, a Amesne entregou uma carta para a superintendência da PRF pedindo a prorrogação da Operação Vinhedos ou a nomeação de parte dos 600 policiais aprovados em concurso no país. A última opção, porém, depende de inclusão no orçamento da união.