O primeiro grande protesto do Bloco de Lutas pelo Transporte Público reuniu 1.200 pessoas nas ruas de Porto Alegre, segundo contagem da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). O roteiro da caminhada repetiu alguns dos itinerários de junho e a marcha ocupou as principais vias do centro. No caminho, cânticos e gritos de guerra contra um possível aumento nas passagens de ônibus da capital. Nesse ano, além da luta pelo transporte 100% público, o coletivo critica a Copa do Mundo. Alguns integrantes chegam a afirmar que não vão deixar o evento acontecer.
Após uma hora e meia de caminhada, um pequeno grupo dispersou da grande massa e promoveu a quebra de vidraças de prédios públicos e bancos. A agência da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que fica na Borges de Medeiros, teve as vidraças da entrada destruídas. Nada foi levado do prédio. Na mesma avenida, pelo menos três contêineres de lixo foram incendiados e outros atravessados no meio da rua.
Depois da queima dos equipamentos, a Tropa de Choque da Brigada Militar foi acionada. A pé e a cavalo, o Choque fez um cordão de isolamento, levando os manifestantes para o bairro Cidade Baixa, onde a manifestação terminou. No final, a promessa de um novo ato na sexta-feira da semana que vem, data em que a presidente Dilma Rousseff deve visitar Porto Alegre para a inauguração do Estádio Beira Rio.
A manifestação do Bloco de Lutas aconteceu no mesmo dia em que outra caminhada percorreu as ruas da capital gaúcha. No meio da tarde, o Centro foi palco da marcha de abertura do Fórum Social Temático, evento que reúne centrais sindicais e movimentos sociais em torno de discussões como a crise do capitalismo.
Assista ao vídeo da manifestação