O observatório espacial Heller & Jung, de Taquara, no Vale do Paranhana, registrou entre a noite de sexta-feira (21) e a madrugada deste sábado (22) uma chuva de meteoros intensificada.
Segundo Carlos Jung, responsável pelo trabalho, o fenômeno ocorre todos os anos nesta mesma época e tem origem em detritos do cometa Thatcher (C/1861 G1), que completa uma órbita em torno do Sol a cada 415 anos (e passará "perto" da Terra em 2283). Registrada já no fim de semana passado, essa chuva tem seu pico previsto entre sábado e segunda-feira (24).
— Ele (o fenômeno) é gerado por fragmentos do cometa Thatcher, que faz sua passagem a cada 415 anos. Nosso planeta, em seu movimento ao redor do Sol, cruza a órbita onde se encontram esses fragmentos deixados pelo cometa, nosso planeta atrai e faz com que se tornem meteoros ao ingressar na atmosfera — explicou Jung ao g1.
O professor relata que o pico ocorre de forma progressiva.
— O interessante é que este ano foi registrada uma média maior. Nos últimos dois anos, foi entre 10 e 15 (meteoros) por hora. Neste ano, foi entre 18 e 22 por hora aqui no Rio Grande do Sul — afirma o especialista.
A chuva de meteoros Líridas é mais intensa no Hemisfério Norte do planeta. Mas, aqui no Brasil, pode ser vista também a olho nu, em várias direções no céu. Basta olhar para as direções Norte e Nordeste a partir da 1h.