Agosto é um bom mês para quem gosta de acompanhar os fenômenos astronômicos. Um deles é a Superlua, a última deste ano, que acontecerá nesta quinta-feira (11). Ainda nesta semana, há a previsão de outros eventos. Também nesta semana, começa o pico máximo de uma chuva de meteoros, que se estende até a madrugada do sábado (14).
No domingo (15), será a primeira de cinco conjunções previstas para o mês - fenômeno que ocorre quando dois ou mais corpos celestes aparecem, de forma ilusória, próximos uns dos outros no céu.
Os próximos fenômenos astronômicos
- 11 de agosto: última Superlua do ano;
- 12 e 13 de agosto: Pico máximo da chuva de meteoros Perseidas;
- 14 de agosto: Saturno em oposição;
- 15 de agosto: Conjunção entre Júpiter e Lua;
- 18 de agosto: Pico máximo da chuva de meteoros Kappa-Cignídeos;
- 19 de agosto: Conjunção entre Marte e Lua;
- 25 de agosto: Conjunção entre Vênus e Lua;
- 29 de agosto: Conjunção entre Mercúrio e Lua
Última Superlua do ano
Um dos fenômenos mais aguardados do mês está previsto para 11 de agosto. Nesse dia, haverá a terceira e última Superlua do ano. Durante essa fase, o satélite natural, que estará em sua fase cheia, ficará localizado no lado oposto da Terra em relação ao Sol e sua face estará totalmente iluminada. De acordo com a Climatempo, o céu estará com poucas nuvens durante à noite em todo o Estado, facilitando a observação.
O fenômeno só é possível graças à forma elíptica da órbita da Lua ao redor do planeta, que é mais oval do que circular, somado ao fato do satélite estar perto de sua aproximação máxima com a Terra (363 mil quilômetros), chamada de perigeu. No extremo oposto, o ponto mais distante , denominado de apogeu, fica a cerca de 405 mil quilômetros da Terra.
Chuva de meteoros Perseidas
O pico máximo da chuva de meteoros Perseidas ocorrerá a partir desta quinta-feira (11) e continua na noite de sexta-feira (12) e nas primeiras horas da madrugada de sábado. O fenômeno é resultado do cometa Swift-Tutle, descoberto em 1862 por astrônomos dos Estados Unidos.
Especialistas estimam que durante o pico máximo possam ser observados 60 meteoros por hora, e no RS pode chegar a 40. Em decorrência da trajetória do cometa, a chuva de meteoros será mais visível do hemisfério norte do planeta. Com relação ao Brasil, nas regiões norte e nordeste do país será mais fácil de identificar o fenômeno.
Astrônomos indicam que como a Lua estará quase cheia no céu, a visibilidade da chuva poderá ser prejudicada. Além disso, eles recomendam que as pessoas estejam em um local escuro após a meia-noite para uma melhor visualização do fenômeno. Se depender da previsão do tempo, o céu terá poucas nuvens, facilitando a visibilidade.
O professor Carlos Jung, do observatório Espacial Heller & Jung, explica que o melhor horário é a partir das 2h30min. Quem quiser observar, precisa olhar em direção ao Norte na linha do horizonte.
Saturno em oposição
No domingo, Saturno estará em oposição ao Sol. Em termos astronômicos, isso significa que o planeta estará em sua melhor posição para ser observado.
Durante o período, Saturno aparecerá mais alto no céu e também estará visível por mais tempo. Com o uso de binóculos ou telescópio será possível avistar o corpo celeste. A metade norte do RS estará com mais nuvens, o que poderá dificultar a visão.
Chuva de meteoros Kappa-Cignídeos
O pico máximo da chuva de meteoros Kappa-Cignídeos ocorrerá em 18 de agosto. Os corpos celestes poderão ser facilmente observados, principalmente no hemisfério norte. Os meteoros kappas são de coloração branco-azulados e são conhecidos por terem a cauda curta. Em comparação com os perseidas, eles são mais lentos e menos brilhantes.
A chuva dos meteoros kappas foi descoberta pelo astrônomo húngaro N. de Konkoly nas noites de 11 a 12 de agosto de 1874. Inicialmente, ele não prestou muito atenção nos corpos celestes, pois estava na busca pelos perseidas.
Em 1877, o astrônomo inglês William F. Denning observou os kappas. Isso o motivou a escrever um artigo na revista científica The Observatory em que relatou a surpresa com a frequência e o brilho dos meteoros.
Conjunções dos planetas com a Lua
Estão previstas para agosto quatro conjunções de planetas do Sistema Solar com a Lua. O primeiro desses fenômenos ocorrerá em 15 de agosto e será entre Júpiter e o satélite natural.
Quatro dias depois da primeira conjunção desse tipo no mês, o fenômeno ocorrerá entre Marte e o satélite natural. Em 25 de agosto será a vez de Vênus entrar em conjunção com a Lua. Por fim, em 29 de agosto, haverá a última conjunção prevista no mês, e será entre Mercúrio e a Lua.
A conjunção dos planetas com a Lua faz com que os corpos celestes sejam vistos no céu como muito próximos uns dos outros. No entanto, de fato, não ocorre a aproximação do satélite natural com os planetas. Se houvesse, isso causaria impactos significativos no Sistema Solar.