O tempo não colaborou muito, mas quem foi insistente conseguiu ver um pouco do eclipse solar na manhã desta segunda-feira (14). Em Porto Alegre, ele poderia ser acompanhado por quase três horas, mas só pôde ser visto por breves momentos e de forma parcial.
No Chile, onde a visão seria do eclipse total, o tempo instável também prejudicou a observação do fenômeno. Já os argentinos conseguiram acompanhar o evento quase em tempo integral, vendo o sol desaparecer por completo – o evento poderia ser observado ao ao longo de uma faixa estreita que cruza Argentina e Chile, assim como os oceanos Pacífico e Atlântico.
No Rio Grande do Sul, o professor André Lau da Costa, vice-presidente executivo da Rede Omega Centauri, fugiu para o Litoral Norte, em busca de céu mais aberto para observar o fenômeno. Costa fez transmissão ao vivo por meio de seu perfil no Facebook. Você pode rever abaixo:
O final ocorreu por volta 15h12min, com altura solar de 51 graus. No momento máximo do eclipse, 63% do diâmetro solar esteve encoberto pela Lua, o que corresponde a um obscurecimento de 54,4% da área do disco solar. Os números são muito semelhantes aos do último eclipse solar visto em Porto Alegre, no final da tarde de 2 de julho de 2019.
Fenômeno se repete só em 2023
O próximo eclipse do Sol visível em Porto Alegre será em 14 de outubro de 2023, porém, será bem menos impressionante que o de agora, pois o obscurecimento máximo será de apenas 17,5%. Já em 12 de setembro de 2034, o eclipse será durante a tarde, e o único do tipo solar anular visível na capital gaúcha em todo o século 21. Em um fenômeno desse tipo, a Lua, um pouco mais distante que a média, fica menor, não conseguindo encobrir por completo o disco solar: resta, então, um anel brilhante quando o satélite se posiciona bem no meio do Sol.
Não haverá nenhum eclipse solar total visível em Porto Alegre neste século. O último foi em 19 de setembro de 1419, e o próximo será só em 8 de janeiro de 2103.
