Eu não sei exatamente quando aconteceu. Só sei que, um dia, eu cheguei em casa e tinha muito tempo livre. Primeiro, fiz aquele movimento tradicional de zapear a TV olhando somente a tarja no rodapé mostrando a programação de cada canal. Nada me interessou. Segui então para a Netflix. Liguei o videogame, selecionei o aplicativo. Fui nos adicionados recentemente. Zapeei novamente. Humm. Nhé. Afff. Bah. Pfff. Voltei para o menu de seleção do console. Abri The Witcher 3. Meu coração palpitou e minhas pupilas dilataram.
Era essa a sensação que eu estava procurando. Era esse arrebatamento. Ali, naquele momento, tudo o que eu queria encontrar em um filme eu encontrei naquele jogo.
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Isso faz um tempo. Outros jogos vieram. Não abandonei o cinema nem as séries de TV. Mas sempre que eu quero algo que me instigue, algo que me faça salivar, eu vou para The Witcher. E nunca – repito, NUNCA – me decepciono. Em nenhum momento, seja trabalhando em uma tarefa paralela, seja cumprindo a missão principal, jamais quis estar em outro lugar – diferente do cinema ou da TV, que via de regra me empurram para o celular.
Mas por que? Por que um jogo, este jogo, The Witcher 3, causa esse efeito em mim? Efeito que antes era restrito ao cinema e a música? O que ele tem de certo que outros produtos audiovisuais apenas tateiam?
Confira nosso especial de games que viraram filmes
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Quando deixei de ver filmes para jogar "The Witcher 3"?
O que me faz dar mais atenção às andanças de Geralt de Rivia do que ao cinema e a seriados?
Gustavo Brigatti
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