Está suspensa a possibilidade de vingança do aplicativo Lulu. O Tubby, aplicativo que promete versão em que mulheres serão avaliadas por homens, está proibido no Brasil. Isso porque a 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG) emitiu nesta quarta-feira (04), uma liminar que proíbe a disponibilização do aplicativo no Brasil. Porém, até a manhã desta quinta-feira, estava mantida a contagem regressiva para o lançamento oficial do Tubby no site. O lançamento está previsto para esta sexta-feira (06).
Proferida pelo juiz Rinaldo Kennedy Silva, titular da Vara Especializada de Crimes Contra a Mulher da capital mineira, a decisão acatou o pedido de medida cautelar feito por coletivos como Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista.
Os grupos argumentam que o aplicativo promove a violência contra as mulheres. A reivindicação foi feita com base na Lei Maria da Penha. O juiz manifestou-se dizendo que há “plausibilidade jurídica na tese exposta” pelo coletivo, ”uma vez que a requerente pretende a defesa dos interesses difusos das mulheres”.
Ainda segundo o juiz, existe a possibilidade de dano irreparável ou de difícil reparação à honra das avaliadas no app. Na decisão, a rede social Facebook, as lojas de aplicativos Google Play e App Store e o próprio Tubby ficam impedidos de veicular o aplicativo, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
O que é Lulu?
É um aplicativo que permite que mulheres, usuárias da rede social, avaliem homens, atribuindo notas sobre diversos aspectos: desempenho sexual, caráter, aparência física e interação, etc.
Há algumas semanas, o Lulu e o Facebook estão na mira da justiça. Desde que o aplicativo ganhou popularidade no Brasil, aliado ao Facebook - já são inúmeros processos na justiça. O Lulu acabou no primeiro lugar na lista de downloads da iTunes Store, recebendo mais de 100 milhões de visualizações nos perfis de homens no Brasil. Os perfis dos homens entram no aplicativo automaticamente, pois há relação direta com perfil do Facebook.
Gaúcha
Aplicativo Tubby é proibido no Brasil um dia antes da data de lançamento
Liminar foi proferida por juiz de Belo Horizonte
Michelle Raphaelli
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