A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (24) a terceira fase da operação El Patron. A ofensiva tem como alvo grupo criminoso suspeito de comercializar drogas no sistema de telentrega.
Até as 8h, oito pessoas haviam sido presas preventivamente e cinco em flagrante. Durante a ação também foram apreendidas armas de grosso calibre, como espingardas, fuzis e revólveres.
Segundo o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), durante a ação desta quinta um dos líderes do grupo foi preso — o nome dele não foi divulgado.
— É um indivíduo que, além de traficar drogas, também é apontado por traficar armas de fogo, especialmente fuzis e pistolas — explica o delegado.
De acordo com a Polícia Civil, são cumpridos nove mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão nos municípios de Esteio, na Região Metropolitana, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Campo Bom, no Vale do Sinos.
Investigação
Segundo o delegado, o grupo criminoso investigado se caracterizava por ter perfis no Instagram e no WhatsApp chamados El Patron. Por esses meios, clientes entravam em contato para realizar as compras.
Ao longo da investigação, policiais se passaram por clientes para comprar as drogas. Esse processo era gravado para comprovar o modo de agir dos criminosos.
A polícia apurou que o grupo usava casais para fazerem a entrega das drogas. Eles acreditavam que, assim, passariam despercebidos em eventuais barreiras policiais.
— Em virtude das fases anteriores (da operação El Patron), eles passaram a usar casais para faezr as entregas, para tentar não chamar atenção dos policiais — explicou o delegado.
De acordo com o delegado, em algumas ocasiões, até mesmo crianças eram utilizadas para realizar a telentrega.
Cerca de cem policiais participaram da ação desta quinta-feira.