A Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do cargo, por tempo indeterminado, da deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha, do PSD. A deputada é alvo de buscas, nesta segunda-feira (18), da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) no âmbito da Operação Batismo. Além do afastamento, a deputada está proibida de frequentar a Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Uma assessora da parlamentar também é alvo da investigação.
Conforme investigação da PF, a deputada é considerada o braço político da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que tem forte atuação na região populosa de Campo Grande e Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense. Segundo a PF, a parlamentar e uma assessora realizavam articulação política em benefício dos milicianos em órgãos públicos. A milícia é investigada por organização criminosa, tráfico de armas, homicídios, extorsão e corrupção.
A Operação Batismo cumpre oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, na Zona Oeste, além do gabinete da parlamentar, na Alerj.
De acordo com a Polícia Federal, o nome da ofensiva está ligado ao apelido "Madrinha", usado por lideranças da milícia para se referir à parlamentar investigada. A ofensiva aberta nesta manhã é um desdobramento da Operação Dinastia, aberta em agosto de 2022.
A Agência Brasil está tentando contato com a assessoria da deputada.