A Polícia Civil de Rochedo, no Mato Grosso do Sul, investiga o caso de uma mulher que morreu na segunda-feira (22), com 90% do corpo queimado, depois de passar um mês internada na Santa Casa de Campo Grande. Dias antes de morrer, a vítima teve uma melhora e, ao acordar de um coma que durava semanas, acusou o marido de tê-la queimado em frente aos filhos, de 10 e seis anos. Já o marido contou à polícia que ela teria tentado cometer suicídio. As informações são do G1.
Pamela de Oliveira da Silva, 27 anos, teve o corpo queimado no dia 21 de julho, na cidade de Rochedo, a 67 quilômetros da capital do Estado. Segundo boletim de ocorrência registrado pelo marido dela, a família estava em casa quando Pamela teria queimado o próprio corpo. Ainda conforme o registro policial, ele teria corrido para ajudar, primeiro usando um cobertor e logo em seguida jogando a esposa em uma caixa cheia de água. A casa acabou incendiada.
Pamela foi resgatada com vida, transferida para Campo Grande e, dias depois, acordou do coma e relatou a sua versão dos fatos. De acordo com o G1, o pai de Pamela apoiou a narrativa da filha. Ele foi à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher no dia 26 de julho e informou que ela teria sido vítima de feminicídio.
No boletim de ocorrência registrado pelo pai, ele descreve que os netos teriam presenciado o crime e que a mais velha teria procurado a irmã de Pamela e contado o que tinha acontecido, mas teria sido ameaçada de morte pelo pai caso revelasse a verdade. A tia das crianças revelou para os pais a história, confirmada dias depois por Pamela, antes de morrer.
Segundo o pai da vítima, o casal teria tido uma briga e, durante a discussão, o homem teria jogado quatro litros de gasolina no quarto. Pamela teria tentado contornar a situação e pedido para que os filhos saíssem para brincar. A briga, então, teria continuado, e o marido de Pamela, acertado a esposa com socos e chutes até ela cair na cama, momento em que teria riscado o fósforo e fechado a porta.
Ao G1, o pai de Pamela explicou que a filha viveu com o marido por 11 anos e refuta a versão do genro de que a filha sofria de problemas psicológicos e teria tentado tirar a própria vida. O avô ainda contou que luta pela guarda das crianças.