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A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) lançou, no mês de junho, a Casa Verônica. O espaço servirá de acolhimento para pessoas vítimas de violência de gênero, e foi idealizado pelo Observatório de Direitos Humanos da instituição. O nome foi escolhido para que fosse um memorial para a líder do movimento LGBT+ de Santa Maria, Verônica Oliveira, que foi assassinada em dezembro de 2019. A também chamada Mãe Loira mantinha o Alojamento Verônica onde acolhia transexuais de outras cidades e que sofriam preconceito dentro de casa. Para concluir a homenagem, a ideia é juntar fotos dela, para construir um memorial no local.
A Casa Verônica fica em uma sala, nos fundos da Biblioteca Central, no campus sede da UFSM, no bairro Camobi. O espaço deve contar com atividades que fomentem os pilares do Programa de Política de Igualdade de Gênero: educação em relação às questões de gênero, responsabilização dos autores da violência sofrida pelas pessoas acolhidas, e assistência para estas pessoas, com advogada, psicóloga e assistente social.
Interessados em fazer parte do projeto podem se candidatar, desde que sejam pessoas jurídicas. A Casa Verônica tem dois meses para iniciar plenamente seu funcionamento.
Conforme Bruna Denkin, da Pró-reitoria de Extensão, a casa deve promover ações como oficinas, rodas de conversa, cursos e mais.
— São inúmeras pessoas envolvidas na casa, direta e indiretamente. Como membros da Pró-reitoria de Extensão, do Observatório de Direitos Humanos e também integrantes do comitê de igualdade de gênero. E as contratações serão feitas através de verbas parlamentares.