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A polícia prendeu nesta terça-feira (14) três homens e apreendeu dois adolescentes suspeitos de matar Guilherme Tadeu Gonçalves da Silva, 22 anos, em Imbé, no Litoral Norte. O crime aconteceu em frente a uma boate na Avenida São Borja, na madrugada de 1º de maio.
Conforme o delegado Antonio Carlos Ractz, titular da delegacia de Imbé, a investigação apontou que o motivo do crime foi um pisão no pé ocorrido dentro da festa. Em seguida, teria se iniciado uma discussão e, do lado de fora, a vítima teria sido agredida até a morte. Um casal que estava com Guilherme teria tentado intervir, mas foi agredido. Os dois sobreviveram.
— Foi um motivo banal. A vítima pisou no pé de um dos agressores e começou a discussão. Na rua ele foi agredido por mais de 10 pessoas com socos, pontapés, pauladas, pedradas e garrafadas — conta o delegado.
Na terça, policiais civis e militares cumpriram três mandados de prisão preventiva, dois de internação provisória e oito de busca e apreensão nos bairros São Francisco II e Parque dos Presidentes, em Tramandaí.
Três suspeitos do crime, de 18, 19 e 21 anos foram presos. Dois adolescentes, de 17, foram apreendidos. Um homem considerado foragido, de 26, também foi encontrado na ação policial. Os nomes dos detidos não foram divulgados pela Polícia Civil.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia apreendeu drogas e telefones e recuperou um tênis e um pingente da Nossa Senha Aparecida, pertencentes a vítima e furtados após as agressões.
Os suspeitos, segundo a investigação, integrariam um grupo envolvido com o tráfico de drogas no Litoral Norte. Os homens foram levados à Penitenciária Modulada Estadual de Osório, enquanto os adolescentes foram para o Centro de Atendimento Socioeducativo Padre Cacique.
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"Meu filho tinha sonhos"
Morador de Capão da Canoa, o pai de Guilherme, Marcelo Gomes da Silva, 54 anos, que trabalha como pintor e garçom, disse que ele, o filho e o neto, de dois anos, jantaram juntos no dia do crime. Em seguida, a mãe da criança buscou o bebê. Depois disso, o jovem saiu para a festa com amigos.
— Hoje eu vou na delegacia tentar entender o que aconteceu. Meu filho tinha sonhos, nunca se envolveu com nada de ruim, trabalhava, gostava de arrumar o carrinho e fazer festa. Só — conta o pai.
Guilherme morava com o pai, trabalhava como ferreiro na construção civil, era torcedor do Grêmio e tinha uma namorada. A polícia confirmou que ele não tinha antecedentes criminais.