
Um homem foi preso por armazenar cerca de 43 mil arquivos de pornografia infanto-juvenil em Bagé, na Campanha. A ação ocorreu durante a manhã desta terça-feira (7) pela Polícia Civil com o apoio do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O volume de materiais é considerado o maior já aprendido pela polícia gaúcha desde o início da operação permanente que combate a prática, há cerca de 3 anos.
O indivíduo foi alvo de mandado de busca e apreensão após investigações apontarem indícios de que ele atuava na comercialização desse tipo de conteúdo. Ao chegarem no local, os peritos constataram a presença de três HDs externos, dispositivos utilizados para manter arquivos fora do computador.
O chefe da Seção de Informática Forense do IGP, Marcelo Nadler, calcula que foram apreendidos cerca de 100 gigabytes (GB) em conteúdo de pornografia infanto-juvenil. Contudo, durante a análise preliminar, não foi possível identificar indícios de outras atividades além do armazenamento.
— Nesse primeiro momento, verificamos apenas que o indivíduo armazenava o material. Ainda não sabemos se compartilhava ou até comercializava tudo isso. Vamos tentar descobrir se ele praticava também abuso sexual contra menores de idade. Apenas uma análise mais profunda, feita no laboratório, poderá nos dizer — afirma Nadler.
Além dele, um outro indivíduo foi preso em Bagé durante a operação, que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no município. Assim como o primeiro suspeito, foi verificado apenas o delito de armazenamento. O trabalho é fruto de uma ação permanente da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID), vinculada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
— O trabalho consiste em monitorar a rede a partir da internet, onde é possível identificar quem está baixando e compartilhado esse tipo de conteúdo. Nesse caso, chegamos a esses dois suspeitos por verificar movimentações suspeitas no ambiente cibernético — explica o chefe da DRCID, delegado André Lobo Anicet.
É possível denunciar casos de pedofilia, bem como de armazenamento e compartilhamento de conteúdo, através do canal Disque-Denúncia da Polícia Civil, pelo número 0800-510-2828. É possível utilizar também o Whatsapp e Telegram pelo (51) 984440606.