As polícias civil e militar, com apoio de equipamentos do Exército, fizeram buscas na Ilha do Pavão, em Porto Alegre, nesta terça-feira (11) para tentar localizar vestígios e armas usadas pelos criminosos que atacaram um carro-forte na antevéspera de Réveillon, em Guaíba.
Um fuzil foi encontrado na mata. Testemunhas haviam contado que os homens portavam fuzis no dia do assalto, mas, até o momento, nenhum tinha sido apreendido.
Havia suspeita de que os criminosos esconderam ou até enterraram os armamentos na mata. Também podia haver outros vestígios deixados pelo grupo e que poderiam ajudar na identificação de mais envolvidos. Pelo menos dois suspeitos de participação no assalto ainda são procurados, já que seis homens teriam atuado diretamente na ação na entrada de um supermercado em Guaíba.
O trabalho foi feito com ajuda do Batalhão Ambiental e de cães farejadores, além do uso de equipamentos do Exército para ajudar na localização de objetos. A investigação do assalto, em que foram levados quase R$ 4 milhões, está sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
- É uma diligência normal dentro da investigação. Não há mandados de busca e apreensão. São buscas gerais a fim de localizar vestígios do grupo - explicou o delegado Marcus Viafore, que responde interinamente pelo comando do Deic.
A movimentação de policiais na Ilha do Pavão chamou a atenção de moradores, já abalados com o temor de se tornarem reféns durante as buscas feitas depois do ataque, no dia 29. Durante a escapada, os criminosos roubaram carros e dois suspeitos foram presos. Outros quatro usaram o barco de um morador da Ilha dos Marinheiros, feito refém, para tentar escapar até a Ilha do Pavão. Mas, ao ver policiais no local, se jogaram na água. Já na Ilha do Pavão, durante confrontos, dois suspeitos foram mortos. Outros dois conseguiram fugir.