Um dos moradores do Ilha dos Marinheiros feito refém durante a fuga de criminosos que assaltaram um carro-forte em um supermercado de Guaíba conta que precisou remar para levar um grupo de suspeitos.
Segundo o homem de cerca de 50 anos, que pediu para não ter a identidade divulgada, os quatro assaltantes chegaram em sua casa, na margem do Rio Jacuí, pela mata próxima à água e já trazendo um refém. Eles exigiram ser levados até a Ilha do Pavão, no lado oposto. Armados com fuzis e com malas de dinheiro, entraram no pequeno barco. Ambos eram constantemente ameaçados de morte.
— Fiquei com medo de morrer a qualquer momento. Não estavam com máscara, mas me ameaçavam de morte se eu olhasse pra eles — descreve o homem.
Na travessia, acabou o combustível do barco. O refém conta que os criminosos desconfiaram de que fosse alguma armação. Para chegar ao destino, os dois homens tiveram de usar duas tábuas como remos.
Ao se aproximarem da Ilha do Pavão, os assaltantes perceberam a aproximação da polícia e alguns jogaram-se na água para seguir em fuga nadando e embrenhando-se na mata.
Embarcações da Brigada Militar e da Marinha do Brasil participam das buscas na região da Ilha do Pavão, assim como mergulhadores dos bombeiros, helicóptero e integrantes da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal.