Um homem de 49 anos foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (1°) por suspeita de estupro de vulnerável em Estrela, no Vale do Taquari. Segundo a Polícia Civil, ele confessou ter abusado sexualmente da enteada, atualmente com 12 anos.
A investigação começou em fevereiro, quando a criança foi até a delegacia acompanhada pela mãe. Segundo o delegado Juliano Stobbe, que investiga o caso, a menina afirmou à época que havia sido abusada pelo cunhado, de 21 anos. O depoimento foi enviado à Justiça e o familiar foi preso.
A criança, que estava grávida, foi encaminhada para atendimento físico e psicológico em um hospital de Porto Alegre, onde optou por fazer um aborto. O material genético do feto foi colhido, assim como o do cunhado da vítima.
Antes dos dois DNAs serem confrontados, o familiar impetrou um habeas corpus e foi solto por meio de uma decisão do Tribunal de Justiça. O inquérito policial foi concluído e o jovem denunciado pelo Ministério Público (MP). Até então, não havia indicação de outra pessoa envolvida no crime.
Há cerca de um mês, a vítima e mãe retornaram à delegacia, com uma nova versão.
— Para nossa surpresa, a mãe disse que teve uma longa conversa com a filha, que decidiu se abrir, contando que o padrasto também mantinha relações sexuais com ela — afirma o delegado.
A Polícia Civil, então, ouviu o padrasto e solicitou que seu material genético também fosse colhido. O laudo do Instituto-Geral de Perícias demonstrou compatibilidade entre os DNAs do feto e do padrasto. Um pedido de prisão do homem, de 49 anos, foi encaminhado ao Judiciário e cumprido nesta manhã. Ele foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável e encaminhado ao Presídio Estadual de Lajeado.
Segundo o delegado, o homem confessou o crime, alegando que o abuso ocorreu “em apenas duas ocasiões”, quando a menina tinha 11 anos. De acordo com a polícia, ele convive com a criança desde que ela tinha dois anos.
Os novos fatos foram encaminhados pela Polícia Civil à Justiça. Conforme o delegado, a probabilidade é de que o Ministério Público modifique a denúncia já existente, contra o cunhado, incluindo mais um réu, o padrasto.
O nome dos envolvidos e o bairro onde a família mora não foram divulgados para preservar a vítima. O padrasto e o cunhado não tem antecedentes criminais.