
A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (10) operação contra suspeitos de fraudar o auxílio emergencial. A ação ocorre em 14 Estados. Ao todo, foram expedidos sete mandados de prisão e 42 de busca e apreensão. Também foi determinado o bloqueio de valores de até R$ 650 mil em diversas contas que receberam o benefício irregularmente.
No Rio Grande do Sul, a ação acontece em Viamão, na Região Metropolitana, onde a PF cumpre seis mandados de busca e apreensão. A investigação teve origem em informações repassadas pela Caixa Econômica Federal, a partir de queixas de 39 pessoas cujo nome foi usado ilegalmente para sacar o auxílio emergencial.
Os policiais, comandados pelo delegado Cristiano Gobbo, descobriram que todos os benefícios fraudados tinham sido cadastrados a partir de um mesmo telefone, de Viamão. Foi constatado também que o dinheiro obtido com a fraude foi destinado a compras virtuais, por meio das plataformas gerenciadoras de pagamentos. As contas pagas estavam em nome de outras pessoas.
Tanto o dono do telefone usado no cadastro como as pessoas que usaram o benefício para pagar contas são investigados pelos crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Só não foi pedida a prisão deles porque há possibilidade de que os nomes de alguns também tenham sido usados indevidamente.
A operação da PF ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul.
Por conta da investigação, segundo a PF, foram bloqueados ou cancelados os cadastramentos de mais de 3,82 milhões de pedidos irregulares. A operação impediu o saque indevido de R$ 2,3 bilhões.
Chamada "Segunda Parcela", a ação é feita em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério da Cidadania, a Caixa Econômica Federal, a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).