O apoio psicossocial a mulheres vítimas de violência será ampliado no Rio Grande do Sul. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) e a Polícia Civil vão expandir o atendimento para mais seis municípios da Região Metropolitana: Alvorada, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Viamão. Em Porto Alegre, a proposta já é executada na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) desde março, quando começou a pandemia do coronavírus.
São três psicólogos e uma assistente social do IGP que atendem as mulheres de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Quem preferir, também pode ser acompanhada por telefone ou videochamada.
De acordo com a Polícia Civil, o encaminhamento é feito sempre que a vítima apresenta dificuldades para relatar a violência ou precisa do apoio de outras instituições envolvidas na rede de proteção. Na conversa, os servidores oferecem suporte psicológico e informam sobre os serviços que podem ser acessados, como abrigos e atendimento em órgãos públicos, como Defensoria Pública e Ministério Público.
A assistente social Eliana Formoso, uma das servidoras do IGP que fazem o atendimento, conta que o perfil das vítimas é variado.
— Algumas relatam agressões há 40 anos, outras há poucos meses — diz.
Durante o período de isolamento em decorrência da pandemia, Eliana fez uma triste constatação:
— Aumentou o número de agressões em mulheres idosas pelos seus próprios filhos, em geral usuários de drogas.