
A Polícia Civil do Paraná prendeu na manhã desta sexta-feira (31), em Curitiba, o gaúcho Luciano Bischof Comper, 42 anos, conhecido como Peru. Ele é investigado por planejar um ataque a carro-forte no interior paranaense, que ocorreria na próxima semana.
Foragido do regime semiaberto em Charqueadas desde abril, Comper foi apontado pela polícia do Rio Grande do Sul — depois de duas prisões, entre 2014 e 2016 — como especialista em uso de explosivos durante assaltos.
O delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope/PR), diz que o serviço de inteligência apurou que Peru e mais outros oito suspeitos, todos paranaenses, já tinham data e local definidos para atacar um carro-forte. Por isso, houve rapidez em prender o gaúcho e mais um comparsa. O outro homem foi detido na cidade de Fazenda Rio Grande, nas proximidades de Curitiba.
— Agora estamos atrás dos outros seis suspeitos e das armas e até de explosivos que usariam. Nós não vamos divulgar o local escolhido para o assalto para não causar pânico, mas temos informações de que seriam uma grande ação criminosa que estava sendo planejada — diz Brown.
O delegado do Paraná ainda destaca que Peru e o comparsa preso eram os líderes do grupo e que os dois eram foragidos do sistema prisional. O gaúcho estava no regime semiaberto no Instituto Penal de Charqueadas e era considerado foragido desde o dia 18 de abril, após não retornar mais à casa prisional.

Outras prisões
Em 2014, ele foi preso em Santa Catarina e transferido dias depois para o Presídio Central em Porto Alegre. Na ocasião, foi detido pelas polícias gaúcha e catarinense.
O criminoso era considerado pela Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) especialista em uma nova modalidade de roubo a banco que estava substituindo os ataques a caixa eletrônico: a explosão de cofres dentro das agências. Peru também era suspeito de atuar em quadrilhas de Santa Catarina e do Paraná. Logo depois, ele recebeu liberdade provisória.
Já em 2016, ele foi preso pelo delegado Joel Wagner, do Deic, em Mormaço, no norte do Estado, quando houve confronto com a polícia em um sítio e um dos criminosos foi morto. Na ocasião, oito suspeitos foram presos, inclusive o Peru, e cinco fuzis foram apreendidos. Um dos detidos foi baleado. O grupo era investigado por 20 ataques a bancos com uso de explosivos no Rio Grande do Sul e planejava, na ocasião, outro ataque na cidade de Soledade.