A Polícia Civil está procurando um homem suspeito de assassinar a irmã e a ex-companheira em Sapiranga, no Vale do Sinos, nesta segunda-feira (6). Após solicitação do Ministério Público, o investigado teve o pedido de prisão preventiva deferido pelo Judiciário e é considerado foragido.
Geni Volma da Silva, 64 anos, irmã do suspeito, e Cleusa de Lima, 47, foram assassinadas a golpes de faca na casa em que moravam com o homem, no bairro São Luiz. Elas foram localizadas por vizinhos, por volta de 12h, após estes estranharem a pouca movimentação no local.
Os moradores próximos também contaram para a polícia que viram o suspeito deixar a residência rapidamente em uma bicicleta.
Assim que começaram a investigar, agentes localizaram ocorrências antigas de violência doméstica registradas por Cleusa contra o ex-companheiro, com quem teve doze filhos, de acordo com a polícia.
O caso é tratado como duplo feminicídio. O motivo para o crime, no entanto, ainda não está esclarecido para a investigação.
Nesta terça-feira (7), agentes fizeram buscas em alguns bairros da cidade, mas ainda não localizaram o foragido.
Como ajudar
- Se você tem uma amiga ou familiar, que pode ser vítima de violência, mantenha contato com ela, mesmo durante o confinamento. Uma boa estratégia é usar o telefone ou aplicativos de mensagens.
- Fique atento ao que acontece ao seu entorno. Mesmo em casa, se suspeitar que uma vizinha está sendo agredida (se ouvir gritos ou pedidos de socorro, por exemplo), entre em contato com a Brigada Militar pelo 190. Esqueça a premissa “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
- Caso alguma pessoa esteja sendo vítima de violência, ofereça-se para ir com ela até uma delegacia para registrar o caso. Em tempos de isolamento social, uma opção é dar apoio por telefone e até mesmo por videochamada. Assim, ela não se sentirá sozinha.
- Informe-se por telefone, internet e outros meios de comunicação sobre os serviços para as vítimas de violência em sua cidade. A informação sobre os locais onde as mulheres podem pedir ajuda auxilia no encorajamento.
- Mesmo em confinamento, compartilhe conteúdos informativos que possam tirar dúvidas, orientar e dar força a outras mulheres. O Ministério Público do RS lançou no ano passado uma cartilha contra a violência doméstica (acesse aqui) para ser encaminhada por WhatsApp.
Se for vítima
- Busque ajuda de um familiar e denuncie a violência sofrida. Para isso, é possível procurar a Brigada Militar (190) ou a Polícia Civil: vá até a Delegacia da Mulher ou a delegacia mais próxima.
- Em casos de risco, é preciso que a mulher denuncie e fique em local seguro. Para evitar que a situação evolua para algo ainda mais grave. É possível solicitar, na delegacia, abrigamento temporário.
- É importante que durante o registro da ocorrência a mulher informe contatos como telefone e e-mail, para que o Judiciário possa dar retorno por esses meios. Também é possível informar contatos de parentes e amigos, que podem receber essas informações e repassar para a mulher.
- Se as vítimas precisarem prorrogar as medidas protetivas, ou comunicar descumprimentos de prisão podem entrar em contato com a Defensoria Pública do RS. Acesse os telefones no Estado.
Saiba onde vítimas de violência doméstica podem pedir ajuda:
Brigada Militar
- Telefone: 190
- Horário: 24 horas
Polícia Civil
- Endereço: Delegacia da Mulher de Porto Alegre (Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia), bairro Azenha. As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há 23 DPs especializadas no Estado.
- Telefone: (51) 3288-2173 - 3288-2327 - 3288-2172 ou 197 (emergências)
- Horário: 24 horas