A juíza Eda Salete de Miranda, da 9ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre, condenou sete integrantes de uma quadrilha que dava choques, socos e coronhadas em vítimas durante roubos em ônibus na Capital. Somadas, as penas chegam a 363 anos de prisão por roubo majorado e associação criminosa armada.
A sentença teve como base o número de crimes e de vítimas. Somente entre abril e junho do ano passado, pouco antes do grupo ser preso pela Polícia Civil, foram registrados mais de 40 assaltos em linhas intermunicipais.
Quando a quadrilha foi presa pela força-tarefa da Polícia Civil que investiga roubos a coletivos, em agosto de 2017, nove suspeitos foram presos. Sete destes viraram réus. O delegado Alencar Carraro, responsável pela investigação na época, diz que uma das acusadas, Fernanda Corrêa da Silva, usava aparelho para dar choques nas vítimas.
— Ela usava o aparelho sem motivo algum, sem qualquer reação da pessoa assaltada. E tudo isso foi comprovado através da análise de imagens de câmeras de segurança. Somente ela, aparece em mais de 20 casos — ressalta Carraro.
Carraro diz que os assaltantes tinham como objetivo principal roubar os celulares das vítimas, além do dinheiro delas e dos coletivos. Entre os presos na época, estavam suspeitos de cooptar integrantes para o grupo, responsáveis por transportar os bandidos — inclusive pessoas que atuavam como motoristas de aplicativos — e por revender os produtos roubados. Apesar de o grupo ter cerca de 15 integrantes identificados, os ataques geralmente eram feitos por um casal.
Condenações em regime fechado
Felipe Martins Moraes - 65 anos e 6 meses de prisão
Fernanda Corrêa da Silva - 59 anos e 3 meses de prisão
Gabriel Afonso Feitoza Nunes - 36 anos e 9 meses de prisão
Nilson Lima Azambuja - 25 anos e 6 meses de prisão
Airton Vieira de Brito - 102 anos e 9 meses de prisão
Rafael Rait de Brito - 48 anos de prisão
Érico Romeira Vianna - 25 anos e 6 meses de prisão
Airton, Rafael e Érico tiveram prisão preventiva decretada.