A Delegacia de Homicídios de Viamão, na Região Metropolitana, vai solicitar à Justiça a prorrogação do prazo de investigação do ataque com oito mortos na Vila Augusta, no município, ocorrida há exatamente um mês, no dia 18 de junho. A chacina deixou o maior número de mortos no século no Rio Grande do Sul.
De acordo com a delegada Caroline Jacobs, ainda falta ser entregue pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) o laudo da balística — que comprova quais foram as armas e o registro da munição usada no crime. O documento é considerado pela policial uma prova fundamental no inquérito. Ainda não há prazo para entrega do laudo.
A delegada afirma que tem esclarecida a motivação e os autores dos ataques desde horas depois do ocorrido. No entanto, ela prefere manter o sigilo das informações, alegando que a divulgação poderia alertar os autores.
Até o momento, nenhum pedido de prisão foi solicitado ao Judiciário. Caroline explica que já fez outros pedidos que servirão como provas no inquérito. Já fazem parte das provas o depoimento de mais de 20 testemunhas e também outros laudos do IGP.
A maior chacina do século
As vítimas da maior chacina do século na Região Metropolitana, segundo balanço da Editoria de Segurança do Grupo RBS, são quatro mulheres e quatro homens assassinados entre as 23h30min e a meia-noite de 18 de junho.
Na Rua Guarapari foram mortas três pessoas: Douglas da Costa Orguin, 19 anos, Stefânia Carvalho da Silva, 20, e Greice Kelly da Mota Jorge, 28. Douglas e Stefânia não tinham antecedentes criminais. Já Greice já tinha passagens por tráfico de drogas.
Na Rua Professor de Freitas Cabral, outras três pessoas foram mortas: Graziela da Silva Santos, Cintia Fogaça dos Santos e Frank Bruno.
Já na Rua Araranguá foi morto um homem, reconhecido como Claudio Roberto Gonçalves, 38 anos. Um oitavo homem foi encontrado morto no Arroio Feijó, bem próximo do local, e ainda não teve o nome revelado pela polícia.