Há um ano ele voltava para São Leopoldo após uma missão de paz de sete meses no Haiti. A experiência diz muito sobre Marcelo Gabriel Lisboa Roxo, 23 anos, morto nesse domingo, em Montenegro, no Vale do Caí. "Com esse tempo muito aprendi, muito evolui", legendou em uma foto no seu perfil do Facebook.
Soldado do Exército Brasileiro e estudante de Matemática, o jovem trabalhava como motorista do Uber nas horas, atividade que havia começado há apenas dois meses, para ganhar um dinheiro extra e construir uma casa própria na cidade de Portão: mais um dos inúmeros sonhos.
– Ele não parava! Estava sempre a mil. Um guri batalhador, um guerreiro _ relata a irmã mais velha Kelly Carolina Lisboa Roxo, de 26 anos.
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Conforme Kelly, Marcelo tinha comprado um terreno há pouco tempo para ter sua independência. Mais "brabão" de todos, ele morava no mesmo terreno dos pais e dos irmãos, Júlia e Guilherme, além da própria Kelly, em São Leopoldo. No início do ano havia começado a faculdade de Matemática na Ulbra.
A informação veio de supetão para os conhecidos, mas não tão raro, Marcelo já era conhecido por querer fazer de tudo.
– Ele começou a namorar há pouco tempo. Queria ter filhos, sempre brincava, era o sonho dele. O que nos resta é o desejo de Justiça – diz.
Por meio de nota, o Uber informou que "estamos profundamente entristecidos por saber desse crime terrível e nossos corações estão com a família de Marcelo."