Foi localizado no final da tarde de segunda-feira (17), em Portão, no Vale do Sinos, o Chevrolet Classic que era dirigido pelo soldado do Exército Marcelo Gabriel Lisboa Roxo, 23 anos, quando foi morto com um tiro na cabeça, na noite de domingo (16). Roxo trabalhava como motorista do Uber e teria sido morto durante uma corrida contratada por um adolescente de 17 anos, já apreendido pela polícia, que confessou o crime.
De acordo com o delegado Eduardo Azeredo, que investiga o crime na Delegacia de Montenegro, o veículo foi encontrado com as portas abertas, a bateria e alguns pertences roubados. Foi solicitada perícia para apurar se há vestígios de outros possíveis participantes no crime.
– A versão que temos até o momento é a do adolescente, que confessou o assassinato e alegou ter agido sozinho. Por enquanto, os indícios são de um latrocínio (roubo com morte), mas não é possível descartar nenhuma possibilidade – afirma o delegado.
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A polícia também aguarda uma resposta do Uber para confirmar se, de fato, a corrida foi chamada pelo aplicativo ou era feita de maneira informal.
O motorista foi supostamente chamado pelo adolescente em Portão, e deveria ir até Maratá. Roxo acabou sendo encontrado morto na zona rural de Montenegro. Foi nessa região que pelo menos uma câmera de monitoramento localizou o suspeito no domingo.
– Ele é visto quando para o carro, desce e conversa com uma outra pessoa. É possível que neste momento a vítima já estivesse morta, ele estaria tentando se livrar da arma – aponta Eduardo Azeredo.
O homem com quem o adolescente conversou já foi ouvido pela polícia e confirmou que o rapaz havia tentado lhe vender a arma do crime.
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Pelo depoimento que prestou na segunda-feira à polícia, o adolescente afirmou que matou Marcelo Gabriel Roxo quando este desconfiou da mochila que ele carregava e ameaçou chamar a polícia. Era ali que, supostamente, o adolescente carregava um revólver.
– Ele afirmou que a desconfiança o fez cometer o crime. Não é uma versão conclusiva e é pouco convincente – diz o delegado.
Ao confessar o crime, o adolescente alegou que rendeu o motorista e o colocou no porta-malas do carro. Depois de rodar algumas horas, soltou a vítima e a mandou ajoelhar. Roxo teria aproveitado para tentar correr e foi atingido por um tiro na cabeça, pelas costas.