Senegalês morto na Praça da Matriz foi vítima de latrocínio 

A morte de um estrangeiro na madrugada do dia 6 de janeiro, na Praça da Matriz, em frente à Assembleia Legislativa, no Centro de Porto Alegre, intrigou a polícia. O homem de origem africana foi assassinado a facadas por volta de 3h.

Como não se sabia a motivação do crime, o caso começou a ser apurado como homicídio. Porém, no decorrer da investigação, a delegada Roberta Mariana Bertoldo da Silva, da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, descobriu que o estrangeiro foi vítima de latrocínio (roubo com morte).

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A polícia preferiu não identificar a vítima para preservar a família. O homem é natural de Senegal, na África Ocidental. Ele não tinha envolvimento com a criminalidade e nenhum desafeto no Brasil. Como o senegalês costumava andar com os documentos e o celular, a polícia estranhou o fato de nenhum dos pertences estar junto ao corpo da vítima no dia do crime.

O senegalês trabalhava em um restaurante no Centro da Capital que costuma fechar as portas na madrugada. Naquela noite, o homem saiu do trabalho em direção à casa de um parente, mas acabou surpreendido pelo assaltante no meio do caminho. A polícia considera o caso elucidado, mas não revela detalhes sobre o autor do crime.

Este foi o primeiro caso de latrocínio do ano em Porto Alegre. O segundo roubo com morte ocorreu seis dias depois, na Avenida Bento Gonçalves, no bairro Partenon. O dono de uma loja de baterias Pedro de Freitas Pinto foi assaltado por três homens armados na tarde do dia 11. Ele foi atingido por um disparo no braço e outro no abdômen. Pedro chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. No caso do comerciante, a polícia suspeita que ele tenha reagido.

Segundo levantamento exclusivo da Editoria de Segurança, Porto Alegre registrou aumento de 57,1% nos casos de latrocínio em 2016, se comparado ao ano anterior.