
O advogado Rafael Guimarães, filho do síndico assassinado a facadas por um vizinho em novembro de 2015, desabafou sobre a liberdade concedida ao acusado de matar seu pai. Ao Timeline Gaúcha desta quarta-feira (20) ele disse sentir-se impotente com a decisão da Justiça.
"O que posso fazer é lamentar e esperar. Eu dava de cara com ele nas audiências e agora dou de cara com ele na rua. Ele é tão livre quanto eu, quanto tu (referindo-se à apresentadora Kelly Matos), tão livre quanto os ouvintes".
Os dois se viram muitas vezes nos julgamentos e, como conta Rafael Guimarães, houve novo encontro no centro da Capital. No desabafo, ele relembrou o encontro: "Espero que ninguém passe por isso. Quando o vi, comecei a tremer, fiquei em estado de choque. Eu não parei. Continuei caminhando".
Guilherme Antônio Nunes Zanoni, de 25 anos, foi encontrado pela polícia junto ao corpo de Oscar Vieira Guimarães, usando luvas cirúrgicas, ao lado da faca usada no crime: "Está provado nos autos como se deu esse assassinato. O assassino do meu pai disse 'sou advogado e tenho meus direitos'. Falou como se tivesse matado um rato, um cachorro".
O medo de uma retaliação faz com que o filho do síndico morto se sinta preso, mesmo sem responder a nenhum crime: "A minha vida e do meu irmão estão correndo perigo agora. Eu e meu irmão nunca mais vamos poder ver nosso pai. Eu não tenho advogado para tirar meu pai de onde ele está. Meu pai é que está preso. E agora, eu e meu irmão é que estamos presos".