Agentes da 1ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre prenderam, na tarde desta terça-feira, um dos suspeitos de assalto a um supermercado, em setembro do ano passado, que terminou com perseguição, tiroteio e a morte do dono de uma padaria no bairro Menino Deus. Conhecido como Chaveiro, o homem de 38 anos estava com prisão preventiva decretada pela Justiça e será encaminhado ao Presídio Central.
De acordo com o delegado Paulo Cesar Jardim, que não informou o nome do preso, ele foi abordado no momento em que caminhava na Rua General Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa. Jardim explica que o Chaveiro atuava em crimes para abrir cofres em assaltos, como de fato ocorreu naquela noite no Nacional da Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto.
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– Ele tinha ficado do lado de fora do supermercado no assalto. Como eles não conseguiram abrir o cofre lá dentro, mandaram chamar o chaveiro – diz o delegado.
– Não é um vagabundo qualquer. Além de ser quadrilheiro, é um cara habilitado a arrombar cofres. Esse que é o ponto importante. Os bandidos usam os serviços dele. Provavelmente, irá arranjar mais clientes na cadeia agora – afirma Jardim.
O empresário Elvino Nunes Adamczuk, 48 anos, dono de uma padaria da Avenida Getúlio Vargas e morador do Menino Deus, morreu ao ser atingido no abdômen por uma bala perdida enquanto caminhava com o cachorro, por volta das 22h do dia 4 de setembro.
O disparo partiu da arma de um PM que estava no confronto com os criminosos, conforme comprovou um exame balístico feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Dois policiais também foram baleados, e sobreviveram.
Seis criminosos participaram do assalto. Outros dois já haviam sido presos desde setembro, segundo a polícia.
Elvino era conhecido e admirado por moradores do Menino Deus. Uma manifestação em protesto pela morte do empresário e por mais segurança no bairro foi realizada no aniversário dele. O comércio da região fechou as portas em sinal de luto.
Além disso, moradores de rua entregaram uma carta à família como homenagem a Elvino. Eles agradeceram pela generosidade do dono da padaria, que todos os dias fazia doações de comidas aos moradores das ruas próximas ao estabelecimento.
*Zero Hora