
Uma semana após a morte do jovem Frederico de Almeida, 22 anos, a família ainda se diz "anestesiada". O pai do estudante, Marco de Almeida, falou à Rádio Gaúcha na tarde desta sexta-feira (13) e contou que ele e a mulher ainda não conseguem dimensionar o tamanho da dor que estão sentindo.
"Foi um terremoto na nossa vida, a gente não sabe o que fazer. Era o nosso filho único, a nossa vida girava em torno dele", lamenta.
Sobre as lembranças que leva do filho, diz que todas são "muito boas" e que não há nada de negativo para guardar. Marco disse, ainda, que aguarda Justiça no caso.
"Eu confio plenamente na justiça. Eu tenho que acreditar que quem fez esse mal ao meu filho terá que pagar, se não pela justiça dos homens, pela justiça divina", afirmou.
Ele conta que vários amigos, que já passaram pela mesma experiênicia, procuraram o casal para oferecer ajuda, mas ele ainda não conseguiu contatar ninguém em razão do abalo emocional. Marco também ressaltou que os pais dos jovens presos pelo crime "são vítimas" e que estão passando por uma dor parecida com a dele.
O pai ainda lembra que ele e a mulher estavam sempre preocupados com o filho quando ele estava fora de casa e, não importasse a hora que fosse, Frederico sempre passava no quarto deles para dar boa-noite e avisar que tinha chegado.
"A gente cuida, cuida, mas nunca sabe o que acontece na rua. Temos que rezar para que nossos filhos voltem para casa", diz.
Os sete dias da morte do estudante foram marcados, nesta quinta-feira, por uma missa e um protesto pedindo paz e segurança no entorno da Unisinos. Cerca de 200 pessoas, entre amigos, familiares de Frederico, vestiram camisetas pretas e ergueram cartazes durante a manifestação.