
O levantamento do Sindicato das Seguradoras do Rio Grande do Sul (SINDSEG/RS) aponta que Porto Alegre tem o segundo maior número de roubo de veículos no País, perdendo apenas para São Paulo. A média na Capital gaúcha e região metropolitana é de 700 carros roubados ou furtados por mês, um aumento de 50% em relação ao ano passado.
Em entrevista ao Gaúcha Atualidade na manhã desta sexta-feira (24), o presidente da entidade, Júlio Cesar Rosa, afirmou que, atualmente, não há uma região específica com o maior número de casos, os ataques são proporcionais ao número da frota que circula em cada local da Capital.
O presidente também ressaltou que as ocorrências são mais constantes após às 18h. 70% dos ataques a veículos ocorrem entre esse horário até a meia-noite e 30% durante o dia. Os domingos apresentam uma queda de 80% em relação as ocorrências. Segundo ele, os furtos também são constantes na quinta, sexta e sábado, devido ao grande número de pessoas que costumam sair à noite.
"Há um volume de jovens e crianças de 13, 14 anos a frente deste processo, o qual ataca o proprietário do veículo e estabelece o primeiro ato que é puxar o carro até entregar a outras pessoas", conta.
Em relação ao preço dos seguros, Júlio Cesar Rosa explicou que na zona norte da Capital o seguro é mais caro devido ao maior volume de carros e rotas de fuga. Ele também lembrou que, mesmo com as novas medidas adotadas pelas seguradoras, como perguntas relacionadas à segurança das pessoas na hora de realizar o seguro, a incidência do roubo à mão armada elimina o grau de segurança que é técnico, porque o bandido geralmente ameaça o dono do veículo. Por isso, ele fez um apelo aos ouvintes:
"Por favor, você que tem seguro, não fique estacionado dentro do carro esperando alguém chegar, 30% das ocorrências acontecem com o proprietário dentro do carro; quando chegar em casa, fique atento para ver se não tem ninguém estranho por perto, infelizmente teremos que conviver com este tipo de atitude que não estava no cartel de procedimento diário, mas esta incontrolável".
Ainda segundo o presidente das seguradoras, apenas dois em cada dez carros levados são recuperados. Já a polícia afirma que o índice de recuperação é de 60%.