O inquérito sobre a morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, 11 anos, está chegando à reta final. A Polícia junta os últimos elementos para embasar o documento que será enviado ao Judiciário. Além de provas materiais, mais de 100 pessoas foram ouvidas até o momento. Não estão descartados novos depoimentos.
A investigação também aguarda o resultado de análises realizadas pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). A expectativa é que eles sejam remetidos até o final desta semana.
Na tentativa de agilizar o processo, a delegada responsável pela investigação da morte do menino, Caroline Bamberg Machado, e a delegada regional de Três Passos, Cristiane de Moura e Silva, foram até o IGP, em Porto Alegre, nesta semana. Quanto à conclusão das apurações – o prazo expira na próxima terça-feira (13) –, ainda não há certeza se haverá a solicitação de mais tempo.
“Não temos como dizer que sim, nem que não”, desconversa a delegada Caroline, que não relatou o conteúdo das análises realizadas pelo IGP, nem quantos laudos aguarda.
Habeas Corpus
Na terça-feira (6), o desembargador Nereu José Giacomolli, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça gaúcho, negou o pedido de habeas corpus para Leandro Boldrini, pai de Bernardo, preso desde 14 de abril. Segundo o magistrado, não há como afastar as possibilidades de envolvimento do suspeito no crime.
A defesa sustentou que tanto a madrasta do menino, Graciele Ugulini, como a amiga do casal Edelvânia Wirganovicz declararam o réu inocente.
Entenda o caso
Bernando Uglione Boldrini foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai chegou a afirmar que o garoto havia retornado com a madrasta de uma viagem a Frederico Westphalen, no dia 4, quando teria dito que passaria o final de semana na casa de um amigo. Bernardo deveria voltar no final da tarde do dia 6, o que não ocorreu.
Após dez dias de investigações, foram presos o pai, a madrasta e uma amiga dela. A suspeita é de que o menino tenha sido morto com uma injeção letal. Em entrevista coletiva, a delegada Virgínia Bamberg Machado, responsável pelo caso, afirmou não ter dúvidas do envolvimento dos três na morte de Bernardo.