O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Noveletto afirmou em entrevista ao programa Hoje nos Esportes que a entidade não pode fazer nada com relação ao racismo sofrido pelo árbitro Márcio Chagas no jogo entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves na quarta-feira. A única medida medida possível, segundo ele, é encaminhar o caso ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o que será feito.
Noveletto lamentou que o Clube Esportivo, que já passa por várias dificultades, tenha quer ser julgado pelo fato. "Eu lamento, porque o presidente do Esportivo, o Luís Oselame, é um gentleman, uma pessoa educada, assim como o Márcio Chagas. E então agora ele vai sofrer o pênalti, vai se incomodar por causa de meia dúzia. Nunca houve esse tipo de problema lá em Bento. São quatro, cinco arruaceiros que provocam este tipo de episódio", afirmou.
O presidente do Esportivo, em entrevista ao Gaúcha Repórter, também lamentou o ocorrido, mas afirmou que vai defender o clube. "Vamos tentar nos defender para que o clube seja o menos penalizado possível", disse.
Conforme Noveletto, casos de torcedores arranharem carros de árbitros de futebol infelizmente são comuns, mas ele ainda não tinha conhecimento de depredações motivadas por racismo.
A pena máxima para casos de racismo em estádio é a perda de três pontos e multa de R$ 100 mil, dependendo do que for relatado em súmula pelo árbitro.
Márcio Chagas relata o acontecimento no Sala de Redação
Entrevista de Noveletto ao Hoje nos Esportes