A manifestação contra os crimes cometidos aos taxistas em Venâncio Aires foi tensa, nesta manhã, em Venâncio Aires. Fazendo buzinaço e cobrando providências da polícia, 47 taxistas saíram do ponto onde Luis André da Rocha, de 53 anos, trabalhava, na avenida Osvaldo Aranha, uma das mais movimentadas do centro da cidade do Vale do Rio Pardo - Rocha está desaparecido desde segunda-feira da semana passada e o seu carro foi achado queimado dois dias depois próximo a uma ponte, enquanto que Paulo Roberto Lagemann foi morto a facadas no último sábado -, às 9h30min, e terminaram em frente à delegacia local.
O trânsito ficou interrompido na avenida por cerca de 20 minutos, atraindo grande atenção das pessoas nas ruas. O delegado Paulo Cesar Schirmann recebeu os manifestantes em meio a xingamentos e vaias dos mais exaltados.
- Eu entendo eles. Estão nervosos com o que vem acontecendo, com medo de pegar qualquer passageiro. Tentei acalmar os mais nervosos prometendo o que sempre fazemos: "trabalho e dedicação". Eu também estou estressado, não são só eles - admitiu o responsável pelo caso.
Os taxistas, representados por Anderson Gomes, presidente da associação da categoria em Venâncio Aires, e alguns outros mais experientes, cobraram da polícia a prisão dos bandidos. Também quiseram ver as imagens do circuito de monitoramento da rodoviária, ponto onde Lagemann saiu com dois passageiros às 19h30 de sábado, tendo morrido 20 minutos depois no km 8 da RSC-453, no sentido Lajeado-Venâncio Aires.
Manifestação no Vale do Rio Pardo
Taxistas de Venâncio Aires param trânsito e cobram resultados da polícia
Colegas de taxista morto e de outro desaparecido terminam carreata em frente à delegacia; delegado promete "trabalho"
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